HERE BE DRAGONS

quinta-feira, novembro 22, 2007

Cadeia!

É praxe, tanto da indústria do entretenimento como da indústria do software, nivelar todo mundo por baixo. Para eles, todos somos ladrões, assassinos, vigaristas, blasfemos, hereges, perniciosos e pedra-de-tropeço para a nação. Talvez por isso mesmo tratem a quem lhes sustenta o caviar com o devido desprezo.

Prova disso é essa campanha que uma de minhas oficiais fez chegar a mim. A revolta e a frustração do consumidor mostrado na peça publicitária é idêntica à que todos sentem ao comprar um vídeo ou CD em uma loja estabelecida, com nota fiscal, e ter que aturar avisos legais nos chamando de criminosos. "Se eles continuarem fazendo isso, a gente está melhor na mão dos piratas, mesmo!" - é o que diz a peça.



Não que eu concorde com o Stallman e o monte de bobagens que ele costuma vomitar por aí. Ele esteve recentemente na USP falando dessas porcarias de "copirráite ruim, quatro patas bom". Bah, tudo bobagem. Não há nada de errado com o software proprietário, nem com as gravadoras e estúdios de cinema quererem parar com a pirataria. Cada um vende o que quer e como quer. Compra, também, quem quer, segundo as regras do vendedor. Não quer usar software proprietário? Ótimo, usa Linux, OpenOffice e Firefox que nem eu. Mas se você teimar em usar Windows, Word e Internet Explorer, ótimo! É sua escolha. Quem disser que você está errado, ou que é burro, mande tomar no cú - com acento mesmo, pra doer mais. Esses caras são tão ingênuos quanto a maioria dos militantes esquerdinhas pela aí, que usam a Internet rápida paga pelo papai capitalista pra ficar trollando sobre Fidel, dêrre-ême e islaquiuér.

Para usar software proprietário, código fechado, DVD com copyright e CD com DRM, você deve concordar com os termos do vendedor. Ele não obriga ninguém a comprar seus produtos, mas se você comprou optou, de livre e espontânea vontade, a estar sujeito às normas dele. Se a norma é não copiar, não repassar, não comprar falsificado ou pirata, você não copia, não repassa e não compra. Fácil assim. Se não cumprir o combinado e fizer essas coisas execráveis você é, mesmo, de verdade, o ladrão que eles estão sugerindo.

Agora, o respeito da outra parte também é necessário, é bom e eu gosto! Espera-se que se você aceitou e cumpre o "contrato de uso", mesmo que tácito, seja respeitado como tal! Você já aceitou os termos do contrato e, portanto, aquela cambada de ignorantes engravatados com MBA da puta que o pariu da faculdadezinha particular de merda da Tia Chica (UniAlegria) não tem direito algum de tachá-lo de ladrão aproveitador pedófilo lambe-lambe em todo DVD que você compra.


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sexta-feira, novembro 16, 2007

Que Mário?

É por essas e outras que não permito jogos nos domínios do Império.

Windows é a sua avó!

Olha, até está aparecendo que eu só faço clipping. Não é verdade. É que, na minha ausência, a Galáxia ficou uma bagunça e está difícil arrumar tudo.

Mesmo assim, permitam-me indicar um post aí no blog de uma rebelde, uma certa Colorina (é, isso parece nome de princesa rebelde, mesmo). Vejam só:

"Detesto quando o Windows resolve se mostrar útil, prestativo. Eu tô lá transitando, entro aqui, entro ali, saio de lá, coisa e tal; e aí o Windows começa a falar comigo feito um camelô de praça:

- Viu, o Windows pode criar tal pasta, se tiver interessado clica aqui.
Pode reparar isso, recuperar aquilo, corrigir erro nesse ou naquele arquivo... E vai falando, mais que o homem da cobra."

É por isso que aqui, na sede no Império, bem como nas naves de combate, todo o software é custom-made. Nada de Windows, nem Linux aqui! Macs talvez, mas não no trabalho!

Update: vai palestrar pra tua mãe, filho da puta!

sexta-feira, novembro 02, 2007

Brasileiro 1.0

Outro dia tropecei nesse texto aqui. Trecho:

"Todo brasileiro pensa em se dar bem, em se sair melhor que o outro, e não tem escrúpulos para alcançar os seus objetivos. Afinal de contas, se ele não fizer, outro faz. [...] Eu chamo as pessoas desse tipo de Brasileiros 1.0.

[corta]

Seja consciente, não se esconda atrás da desculpa de que aqui é o Brasil, porque se você fizer isso, esse é o Brasil que continuará existindo para todo o sempre.

Entre na campanha Sou um Brasileiro 2.0, e lute para que o seu país vença pela inovação."


Apesar da pieguice que é falar nesses termos, não posso dizer que o cabra lá, tal de L. Hagge, não tenha sua parcela de razão - embora do sonho dele eu já não compartilhe há anos.

Eu, pessoalmente prefiro abandonar este barco furado, porque aqui desonestidade é virtude e me olham como se eu fosse de outro planeta sempre que fico com a bituca do cigarro na mão até achar uma lixeira. Danem-se todos. Ladrão tem em todo lugar, mas aqui no bananão as coisas são periclitantes. Bom mesmo é morar em Paris porque lá, pelo menos, o assaltante te rouba em francês.